O Natal era uma festividade pagã comemorada no solstício de inverno do hemisfério norte que, por ter a noite mais longa, inspirou a ideia de que criaturas sobrenaturais poderiam se comunicar e passear pelo mundo dos vivos. Quando a festividade se tornou cristã, esse costume acabou se mantendo. Contudo, foi na era vitoriana, após a Revolução Industrial, que a produção de periódicos começou a acontecer em larga escala e baixo custo – incentivando ainda mais que os ingleses se reunissem junto ao fogo da lareira para ler e contar histórias horripilantes (já que, para eles, o Natal ocorre no inverno, uma boa época para assombrações). Como se não bastasse, o autor britânico Charles Dickens publicou em Londres em dezembro de 1843 aquele que veio a ser o conto natalino fantasmagórico mais famoso do mundo ocidental, e que consagrou a tradição de contar histórias assustadoras na noite de Natal…